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Ações da China disparam e fecham em alta após acordo sobre tarifaço com os EUA; yuan se valoriza

Tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. Já as taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. ...

Ações da China disparam e fecham em alta após acordo sobre tarifaço com os EUA; yuan se valoriza
Ações da China disparam e fecham em alta após acordo sobre tarifaço com os EUA; yuan se valoriza (Foto: Reprodução)

Tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. Já as taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. Investidores chineses monitoram preços das ações em uma corretora em Pequim Mark Schiefelbein/AP As ações chinesas fecharam em alta e o yuan se fortaleceu nesta segunda-feira (12) depois que Estados Unidos e China anunciaram um acordo para reduzir as chamadas "tarifas recíprocas", em uma importante desescalada da guerra comercial que ameaçava a economia global. Durante 90 dias, as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%. Já as taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%. (leia mais aqui) 📉 Veja o desempenho das principais bolsas da China e de Hong Kong no fechamento: 🇨🇳 CSI 1000, da China, subiu 1,40% 🇭🇰 Hang Seng, de Hong Kong, subiu 3,12% As outras principais bolsas asiáticas, do Japão e da Coreia do Sul, já haviam fechado antes do anúncio. O yuan subiu para 7,2001 por dólar, atingindo o maior valor em seis meses, enquanto sua versão offshore avançou mais de 0,5%. “O resultado superou muito as expectativas do mercado. Antes, a esperança era apenas de que os dois lados se sentassem para conversar, e o mercado estava muito fragilizado”, disse William Xin, presidente do fundo hedge Spring Mountain Pu Jiang Investment Management, em Xangai. “Agora há mais certeza. As ações chinesas e o yuan devem permanecer em alta por um tempo.” Acordo sobre tarifaço Representantes dos Estados Unidos e da China se encontraram neste fim de semana em Genebra, na Suíça, para discutir as taxas sobre importações e anunciaram o acordo em conjunto nesta segunda-feira (12). Eles disseram que a suspensão das tarifas entrará em vigor até 14 de maio, mas não divulgaram a data exata. "Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais", afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. "Temos um interesse comum em um comércio equilibrado, e os EUA continuarão caminhando nessa direção." Bessent explicou, porém, que o acordo não inclui tarifas específicas para cada setor e que os EUA continuarão o "reequilíbrio estratégico" em áreas como medicamentos, semicondutores e aço, onde identificaram vulnerabilidades na cadeia de suprimentos. Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.